Notícias
Em dois anos, quatro em cada dez novas empresas saem do mercado, revela IBGE
Das 464,7 mil empresas que entraram no mercado em 2007, 353,6 mil (76,1%) haviam sobrevivido em 2008 e 285 mil (61,3%) até 2009. É o que revela o estudo do IBGE - Demografia das Empresas 2009 - , segundo o qual 30.935 empresas foram consideradas como de alto crescimento naquele ano.
Elas ocuparam 16,6% dos assalariados em empresas, sendo 17,8% dos homens assalariados e 14,5% das mulheres assalariadas. Empresas de alto crescimento são aquelas cujo aumento médio do pessoal ocupado assalariado é igual ou maior que 20% ao ano, por um período de 3 anos, e que tenham pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. Nestas empresas, 69% dos empregados eram homens e 31%, mulheres.
O levantamento mostrou também que mais de 90% do pessoal assalariado nas chamadas empresas de alto crescimento não tinham educação superior em 2009 e 9,6% possuíam esta formação, o que significa que 9 em cada 10 empregados tinham, no máximo, o ensino médio.
Taxa de entrada de empresas em 2009
Em 2009, as 4,3 milhões de empresas ativas no país ocupavam 34,4 milhões de pessoas, sendo 28,2 milhões (82,2%) de assalariados e 6,1 milhões (17,8%) de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações totalizaram R$ 476,7 bilhões, uma média mensal de R$ 1.357,99 (2,9 salários mínimos).
As empresas de menor porte predominaram tanto na entrada como na saída: 79,9% das que entraram no mercado em 2009 não tinham empregados e 18,4% tinham de 1 a 9. Em relação às saídas, 88,5% não tinham empregados e 10,8% tinham de 1 a 9.
Atividades com maior entradas e saídas
As atividades econômicas que registraram maior número de entradas e saídas de empresas do mercado foram Comércio, com 464,6 mil entradas (49,1%) e 394,5 mil saídas (52,2%); Indústrias de transformação, com 71,9 mil e 61,8 mil (7,6% e 8,2%); e Alojamento e alimentação, com 71,0 mil e 54,1 mil (7,5% e 7,2%).
Entre as empresas sobreviventes em 2009, as maiores taxas de entrada foram em administração pública, defesa e seguridade social (32,7%); construção (29,3%); e artes, cultura, esporte e recreação (28,7%); e as menores, em indústrias de transformação (17,2%); saúde humana e serviços sociais (18,0%); e indústrias extrativas (19,0%), que são as atividades que apresentaram maiores taxas de sobrevivência de empresas, respectivamente 82,8%, 82,0% e 81,0%.